São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994
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Nacionalizações são revertidas

JAIR RATTNER
ESPECIAL PARA A FOLHA

As nacionalizações começaram com os bancos, a 13 de março de 1975. No dia seguinte, foi nacionalizado o setor dos seguros. Em seguida, foram os transportes, rádios, imprensa, empresas de cimento, cervejarias, siderurgia, setor químico e petroquímico, fábricas de cigarros e usinas elétricas.
Todos os setores básicos da economia -e alguns que não são básicos- passaram para o Estado.
Chegaram a ocorrer situações caricatas: o Estado português tomou posse de uma barbearia, que ficava no prédio de um banco.
Mas as nacionalizações deixaram de fora algumas empresas –as de capital estrangeiro, como o Banco do Brasil, o Bank of London e o Crédit Franco-Português.
A primeira Constituição, votada em 1976, afirmava que Portugal "tem por objetivo assegurar a transição para o socialismo". Este artigo só foi modificado em 1989.
Foi um longo processo até a reversão das nacionalizações. Em 1979, no governo de Mário Soares, foi votada a atribuição de indenizações, em títulos de dívida pública, aos antigos proprietários das empresas nacionalizadas.
Quando o atual premiê, Cavaco Silva, assumiu o poder, seu programa previa as privatizações.
Até agora, foram vendidas 31 empresas –o que rendeu ao governo perto de US$ 5 bilhões.
(JR)

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