São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994 |
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Nacionalizações são revertidas
JAIR RATTNER
Todos os setores básicos da economia -e alguns que não são básicos- passaram para o Estado. Chegaram a ocorrer situações caricatas: o Estado português tomou posse de uma barbearia, que ficava no prédio de um banco. Mas as nacionalizações deixaram de fora algumas empresas –as de capital estrangeiro, como o Banco do Brasil, o Bank of London e o Crédit Franco-Português. A primeira Constituição, votada em 1976, afirmava que Portugal "tem por objetivo assegurar a transição para o socialismo". Este artigo só foi modificado em 1989. Foi um longo processo até a reversão das nacionalizações. Em 1979, no governo de Mário Soares, foi votada a atribuição de indenizações, em títulos de dívida pública, aos antigos proprietários das empresas nacionalizadas. Quando o atual premiê, Cavaco Silva, assumiu o poder, seu programa previa as privatizações. Até agora, foram vendidas 31 empresas –o que rendeu ao governo perto de US$ 5 bilhões. (JR) Texto Anterior: Revolução dos Cravos faz 20 anos Próximo Texto: Movimento se dividiu, diz líder Índice |
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