São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994 |
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PT e PMDB trocam acusações na TV
AMÉRICO MARTINS
O encontro foi promovido pela TV Jovem Pan. Estiveram presentes José Dirceu (PT), Barros Munhoz (PMDB), Francisco Rossi (PDT), Luiz Antonio de Medeiros (PP) e Antônio Cabrera (PFL). O senador Mário Covas (PSDB), que lidera as pesquisas de intenção de voto, não compareceu. A assessoria de Covas informou que o senador acha "prematuro" participar de um debate agora, já que muitos partidos ainda não definiram seus candidatos. Dirceu centrou suas críticas no ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que disputa a indicação de seu partido para presidente. O candidato do PT, já na sua primeira intervenção no debate, Dirceu criticou as administrações Quércia (1987-91) e do atual governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho. Dirceu criticou a corrupção, o abandono da educação e a sonegação pelos governos do PMDB. Munhoz acusou o PT de tentar barrar a CPI da CUT e defendeu o ex-governador Orestes Quércia, dizendo que ele saiu "consagrado do governo do Estado e que é antidemocrático ignorar isso". O peemedebista também citou supostos casos de corrupção envolvendo o PT, como a CMTC, Prodam, Lubeca e Nutrícia (durante a gestão de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo). Munhoz criticou também o ex-ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, dizendo que ele tinha preconceito contra a agricultura. Barros Munhoz foi ministro da Agricultura no governo Itamar e teve dificuldades com o Ministério da Fazenda. O pedetista Rossi defendeu o candidato de seu partido a presidente, dizendo que a candidatura Brizola está crescendo em São Paulo. Antes do início do debate, Dirceu ameaçou desistir se não fosse tratado como único candidato oficializado. Os organizadores atenderam sua exigência. Texto Anterior: Roleta gaúcha Próximo Texto: PPR articula nome de monarquista em SP Índice |
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