São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994 |
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Escolas ampliam oferta de optativas
LUÍS PEREZ
Vários colégios de São Paulo têm adotado inovações no currículo. Algumas matérias são oferecidas de forma extracurricular –não ameaçam, portanto, o estudante que tirar uma nota baixa. "Tudo é feito à parte, mas não pago à parte", diz a diretora do colégio Magno, da Chácara Flora (zona sul de São Paulo), Myriam Tricate, 51. O colégio tem aulas de xadrez como complemento do currículo de matemática. No Magno, um oceanógrafo dá aulas de biologia marinha e os alunos têm também aulas de vídeo e rádio, coordenadas por profissionais de comunicação. "Eles montam o próprio currículo, mas têm que segui-lo por pelo menos seis meses para ter aproveitamento total", diz Myriam. Em outros colégios, como o Sagrado Coração de Maria, do Jardim Europa (zona sul), por exemplo, ecologia foi desmembrada da biologia já há cinco anos. Os estudantes fazem várias viagens. "É uma forma diferenciada de aprendizado. Os alunos gostam, a matéria faz parte do currículo", conta a assistente de direção Jacqueline Bustamante, 49. Outro colégio onde as disciplinas "extras" contam nota é o Palmares, de Pinheiros (zona oeste). "Não fazemos só de farra", brinca a diretora Zilda Toscano, 54. Segundo ela, a informática é usada para estudar outras matérias. "Os alunos fazem desenho geométrico e aprendem biologia enquanto lidam com o computador." Aulas de informática e educação sexual já fazem parte da rotina da maioria dos colégios. O colégio Módulo tem, em todas as séries, aulas de capoeira ou ginástica rítmica. "Informática também conta na avaliação final", diz a coordenadora Renata Motta. A grande novidade para aprender literatura é uma iniciativa do colégio Objetivo, de Cerqueira César (região central). "Os alunos dramatizam os livros, fazendo adaptações para o teatro não só de obras obrigatórias para a Fuvest", conta Juca Vieira, 48, coordenador. Há aulas de oficina literária duas vezes por semana. Desenho geométrico e linguagem arquitetônica também fazem parte do currículo de alunos do terceiro colegial. Na área de informática, o aluno se inicia na produção de software (programas de computador). "Essas aulas auxiliam no aprendizado de matérias de exatas", diz. No Arquidiocesano, da Vila Mariana, os alunos começam cedo. Ainda no primeiro grau, montam aparelhos eletrônicos. "É uma oficina de tecnologia", afirma o coordenador pedagógico Caetano José de Lima, 52. Texto Anterior: Câmara vai intimar Raia para depor Próximo Texto: Projeto estimula informatização Índice |
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