São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994
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'Educação do futuro' será incentivada

DA REDAÇÃO

O Grupo (associação de escolas particulares) muda de presidente amanhã. No lugar de Mauro de Salles Aguiar, 44, diretor do Bandeirantes, assume Sylvio Gomide, 41, diretor do Mater Dei.
"Nesses dois anos, nossa grande preocupação foi aperfeiçoar a qualidade do trabalho do professor. Precisamos buscar um novo papel para o educador na sociedade", afirma Aguiar, que ficou dois anos à frente da instituição.
Segundo ele, os vestibulares influenciam muito nos currículos dos colégios. "Mas as mudanças não vão causar grandes modificações para as escolas.".
A maior modificação este ano ocorreu na segunda fase da Fuvest. Os estudantes só resolvem até três matérias específicas de suas áreas. Por exemplo, o candidato a jornalismo só faz prova de português e história na segunda fase.
Escola do Futuro
No que depender do novo presidente, o convênio com a Escola do Futuro não só deve continuar como será ampliado.
"Uma das minhas tarefas será a de sondar o porquê de algumas escolas não estarem participando do convênio", diz Gomide. A associação reúne atualmente 48 escolas particulares.
Ele assume a presidência do Grupo com o objetivo de dar ênfase no marketing da instituição. "Queremos divulgar melhor nosso trabalho junto à sociedade."
Informática e ecologia
Na escola que o novo presidente do Grupo dirige, assuntos como ecologia e informática são abordados desde a 1ª série primária.
"Os alunos de todos os anos fazem viagens anuais", conta. Nelas, os estudantes reforçam ainda mais a idéia de que a educação do futuro aposta na multidisciplinaridade (abrangência de várias disciplinas).
"Os professores ensinam história em cidades do interior de Minas Gerais e ecologia em pleno Pantanal", resume Gomide.
O professor Mauro Aguiar conta uma história citada em livro, segundo a qual supostos "visitantes do século passado" teriam ficado surpresos com os avanços da medicina quando foram a hospitais.
"Eles ficaram surpresos em saber como as coisas mudaram. Mas, quando foram a uma escola, verificaram que nada havia se modernizado", resume o professor.
Quando os "visitantes do passado" foram ao quarto de um aluno dessa mesma escola, conta o professor, ficaram tão surpresos quanto no hospital.
"No quarto havia CD, computador com modem, e vários outros equipamentos. É nesse avanço que precisamos pensar, para modernizar a forma de se ensinar", afirma Aguiar.

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