São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994
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Questão de credibilidade; Livros didáticos; Dito e Escrito; Temas pré-históricos; Disputa presidencial; Muitas generalizações; O tempo da Igreja; Candidatura Lula; Nova Faria Lima; Violência e despreparo; Ciclotimia corintiana; CBF, coisa séria; Bem Brasil

Questão de credibilidade
"Gostaria de deixar registrado o meu repúdio à invencionice do jornal 'O Globo', que publicou nota afirmando que a Folha estava se posicionando a favor do Lula. O jornal 'O Globo' não tem moral nem credibilidade para envolver a Folha em acusações desse tipo. A Folha não tem partido. É um jornal sério, que está a serviço do Brasil, contribuindo com o país."
Henrique Mariani (Belo Horizonte, MG)

Livros didáticos
"A Folha tem destacado, nos últimos dias, a questão dos livros didáticos. Sem dúvida, uma importante causa. Porém, espanta-me um pouco a forma com que a temática vem sendo abordada, tanto pelo governo como pela própria Folha. A sensação que passa é que o tema está sendo discutido no país pela primeira vez. Isso não é verdade. Esta situação é antiga e não mudou até porque, entre tantas outras coisas, as soluções apresentadas têm sido sempre as mesmas e, a meu ver, equivocadas. Exatamente por isso me parece que um jornal como a Folha deveria tentar adotar uma outra postura para a cobertura desse tema. Discutir o papel da FAE (Fundação de Assistência ao Estudante) e buscar refletir sobre o significado dos diversos atores envolvidos em toda esta problemática me parece ser mais do correto do que, novamente, insistir única e exclusivamente na análise dos erros dos livros didáticos. Estes existem, não são poucos, mas não é esse o problema. A questão é política."
Nelson De Luca Pretto (Salvador, BA)

Dito e Escrito
"Parabéns à Folha pela nova coluna Dito e Escrito. Aproveito para pedir ao Josué Machado alguns comentários a respeito da ortografia de nomes indígenas, pois não me parece correto escrever Paiakan, Yaualapitis, Kopenewa e vários outros."
Carlos Alberto G. Bijos (São José dos Campos, SP)

Temas pré-históricos
"A entrevista da economista Maria da Conceição Tavares, publicada na edição de domingo, serviu, no mínimo, para evidenciar o quanto as verdades são relativas. Temas a nós apresentados como anacrônicos e pré-históricos –como, por exemplo, o da não-privatização– são pela economista defendidos de forma tão lúcida que chego a ficar em dúvida sobre o que realmente há por trás dessas idéias."
Nelson Luis Santander (Marília, SP)

Disputa presidencial
"Parabenizo a Folha pelo brilhante artigo publicado no caderno Mais! de domingo (24/04), de autoria da professora Marilena Chaui. A lucidez crítica com que trata a matéria joga luz na polêmica travada pelos intelectuais na compreensão do jogo político na disputa do posto presidencial."
Claudio Mario Leal Passos (São Paulo, SP)

Muitas generalizações
"O artigo intitulado 'Os bastidores do ianoblefe', de autoria do dr. Janer Cristaldo (Mais!, 24/04), é de um embasamento absurdo, tendendo à generalização dos debates de botequim."
Nivaldo Caliman (Amparo, SP)

O tempo da Igreja
"Irritados ficamos nós ao ver a hipocrisia da Igreja, que ainda não compreendeu que para combater o problema cultural brasileiro –basicamente educação e saúde– temos que utilizar meios mais eficazes e rápidos. A cultura brasileira –católica ou não– desconhece qualquer meio de combate a Aids. Nada melhor e mais fácil para compreensão do que uma campanha bem feita para uso de camisinha em relações sexuais. A Igreja Católica deveria aproveitar para se reciclar totalmente: parou no tempo e no espaço."
Raffaello Pappone (São Paulo, SP)

Candidatura Lula
"O jornalista Gilberto Dimenstein, a quem já elogiei por suas posições contra injustiças, está pisando na bola com esta história de procurar comprometer a candidatura Lula através de argumentos sem utilidade prática."
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)

Nova Faria Lima
"Ora sr. Reynaldo de Barros, chamar a todos de comunistas pelo fato de não concordarem com a 'Operação Faria Lima', mostra no mínimo a sua miopia em relação aos verdadeiros anseios da população. Nossa bronca não é ideológica, o que combatemos é a forma cruel de expulsar os legítimos proprietários de suas casas em benefício dos empreendedores."
Luiz Carlos Mantovani (São Paulo, SP)

Violência e despreparo
"Venho mostrar minha indignação pelo que fizeram com o jovem universitário e diabético Daniel Varajão Teixeira Soares, conforme interessante reportagem do dia 15/04. A atitude tanto dos PMs como dos médicos mostra o quanto os profissionais destas áreas em nosso país, com raríssimas exceções, são capazes e estão preparados para exercer suas obrigações."
Sérgio Luiz Garcia de Carvalho (Pouso Alegre, MG)

Ciclotimia corintiana
"O Corinthians nadou, nadou e parece que mais uma vez vai morrer na praia. Parece até que virou sina de político que compete, compete e munca ganha. Não adianta dar esperanças para a fiel torcida fazendo uma brilhante campanha e no final descambar."
Alex O. R. de Lima (São Paulo, SP)

CBF, coisa séria
"Acho que o técnico Parreira está no caminho certo. A inesquecível base do mestre Lazaroni, com Tafarel, Jorginho, Ricardo Gomes, Ricardo Rocha, Branco e Dunga deve ser mantida. A camisa 10 deve continuar com o Zinho e seus perigosos avanços para o lado e para trás. Trocar esta base por jovens talentos como Zetti, Cafu, Antonio Carlos, Ricardo Rocha, Roberto Carlos, Mazinho e Leonardo, campeões brasileiros e mundiais, seria loucura. Devemos continuar na retranca, afinal CBF é coisa muito séria!"
Fernando de Sampaio Barros (São Paulo, SP)

Bem Brasil
"Qualquer pessoa presente na Bienal Brasil Século 20 no Ibirapuera ficaria admirado com a beleza de obras de artistas ilustres. Mais do que isso, não fosse proibido, estaria muito inclinado a fotografar quadros, alguns deles, como os de Anita Malfati, com mais de 70 anos. No entanto, fotografar ou filmar não é permitido, pois o calor das luzes da aparelhagem prejudica a qualidade das telas. A própria visitação das pessoas é um fator de desgaste para os quadros, de tal sorte que na Europa alguns deles são retirados da exposição. Essa tradição cultural nem de longe foi respeitada. Fiquei abismado: apesar de placas 'proibido fotografar' espalhadas pelos pavilhões, duas redes de televisão usavam luzes bem fortes para filmar os quadros e particulares transitavam tranquilamente com máquinas e flashes nas mãos. Isso é Brasil, a Bienal, um lugar frequentado pela elite artística, cultural e financeira, e mesmo assim podemos presenciar exemplos de canibalismo."
Hugo Ferraz Penteado (São Paulo, SP)

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