São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 1994 |
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TCU considera suspeito empréstimo para a Globopar e pede explicações
FRANCISCO SANTOS
A conclusão é do ministro Paulo Affonso Martins de Oliveira, em relatório aprovado pelo TCU no dia 13 deste mês. O tribunal deu 15 dias aos dirigentes da CEF da época para explicar esse e outros empréstimos sob a rubrica SDE (Sem Destinação Específica) concedidos entre outubro de 91 e junho de 92. O advogado José Américo Buentes, do Departamento Jurídico da Globopar, disse que não faria comentários ontem porque a empresa ainda não tinha conhecimento oficial do relatório do TCU. O ministro do TCU diz em seu relatório que "não se examina se a Globopar deu garantias suficientes para o empréstimo realizado, mas o desvio de finalidade dos recursos arrecadados", que seriam para o SFH (Sistema Financeiro da Habitação). O dinheiro da CEF foi usado pela Globopar para a construção de um estúdio de televisão em Jacarepaguá (zona norte do Rio). Na época, o presidente da CEF era Álvaro Mendonça. O diretor responsável pela área que concedeu o empréstimo era José Carlos Batista Guimarães. A assessoria de imprensa da CEF disse ontem que é permitida a concessão de empréstimos na rubrica SDE, com recursos da caderneta de poupança, para outras finalidades que não a construção de moradias. Tramita na 5ª Vara Federal do Rio uma ação popular impetrada pelo deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) pedindo a anulação do empréstimo à Globopar. Texto Anterior: Juiz manda intimar Silvio Santos para depor no caso da Tele-Sena Próximo Texto: Fazenda descumpre ordem e pede verba extra Índice |
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