São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 1994 |
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Juiz manda intimar Silvio Santos para depor no caso da Tele-Sena
FERNANDO RODRIGUES
A Tele-Sena funciona como um bingo na TV. As cartelas são vendidas pelas agências de Correios e emitidas pela Liderança Capitalização, do Grupo Silvio Santos. Os sorteios ocorrem durante quatro semanas. Ganha quem tiver mais dezenas sorteadas na cartela. Tecnicamente, a Tele-Sena é um título de capitalização: um papel que rende juros menores do que os de mercado em troca de oferecer alguns prêmios para investidores sorteados. No entanto, a propaganda do produto na TV menciona quase sempre apenas a possibilidade de ganhar nos sorteios. Há duas ações na Justiça que apuram se a propaganda da Tele-Sena é enganosa ou não. É por causa de um desses inquéritos que Silvio Santos terá que depor. A decisão sobre a intimação de Santos foi de Francisco Galvão Bruno, juiz-corregedor do Departamento Técnico de Inquéritos Policiais. Não há data marcada para o depoimento. Bruno despachou aprovando a intimação do empresário em 8 de abril. Até agora o despacho não chegou à delegada Maria Cristina Martins, responsável pelo caso. "Isso é normal. Demora uns 15 a 20 dias até que o despacho chegue. Quando eu tiver a ordem em mãos, se for o caso, ele (Silvio Santos) receberá uma intimação", disse a delegada Martins. Procurado pela Folha desde o dia 18, o presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sandoval, não respondeu aos telefonemas. Em 93, Silvio Santos sempre o indicava para responder questões relacionadas à Tele-Sena. Santos também foi procurado pela Folha ontem, mas não quis se pronunciar. Texto Anterior: Personalidades vão defender 'desaparecidos' Próximo Texto: TCU considera suspeito empréstimo para a Globopar e pede explicações Índice |
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