São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 1994 |
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Comissão está dividida sobre caso de Fiuza
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA CCJ está dividida sobre caso de FiuzaA CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara está dividida para o julgamento do pedido de cassação do deputado Ricardo Fiuza (PFL-PE), hoje às 9h30. Fiuza foi acusado pela CPI do Orçamento de fazer parte de um esquema de desvio de verbas públicas. Dos deputados acusados, quatro renunciaram aos seus mandatos, quatro foram cassados até agora e um foi absolvido. O prestígio político de Fiuza pesa a favor do deputado. Ele foi líder do PFL, ministro e articulador político do governo Collor. Contra Fiuza, além das acusações da CPI do Orçamento, há a tendência da Comissão de Constituição e Justiça de aprovar sempre o parecer do relator do processso –como aconteceu nos julgamentos realizados até hoje. No caso de Fiuza, o parecer do relator, deputado Hélio Bicudo (PT-SP), pede a cassação do acusado. "Há uma margem de surpresa e não dá para arriscar", afirmou o deputado José Genoino (PT-SP) sobre a votação de hoje. A aprovação do relatório é meio caminho andado para a cassação, depois, no plenário. Os deputados, normalmente, seguem as decisões da CCJ na votação em plenário, etapa final do processo. O julgamento de Fiuza deverá durar cerca de dez horas, segundo previsão do presidente da CCJ, José Thomaz Nonô (PMDB-AL). Só na leitura de seu parecer, com aproximadamente 120 páginas, Bicudo deve gastar cinco horas. Nonô descartou a possibilidade de Fiuza usar o mesmo tempo do relator no julgamento para apresentar sua defesa. O deputado Ricardo Fiuza terá 50 minutos para se defender. Texto Anterior: Câmara mantém pagamento de extras Próximo Texto: Câmara gasta CR$ 8,7 milhões Índice |
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