São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 1994
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Diretoras desenvolvem projetos arrojados

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Gabriela Machline, 25, e Ana Mondini, 39, conheceram-se no Grupo Cisne Negro. Gabriela era bailarina e Ana, coreógrafa. "Eu já tinha feito jazz e balé clássico, mas foi Ana quem me introduziu na dança contemporânea", diz Gabriela.
Para concretizar o desejo das duas de formar um grupo de dança, teve papel fundamental o empresário José Maurício Machline, marido de Gabriela, que estimulou a formação da nova companhia.
Afinado com as artes, Machline é o idealizador do Prêmio Sharp de Música.
"Por enquanto, o República da Dança é um investimento pessoal", afirma Gabriela, que também integra o elenco do grupo mas não vai dançar no espetáculo de estréia.
Com planos arrojados para a companhia, Gabriela pretende dar continuidade ao trabalho de Ana Mondini como coreógrafa, convidar criadores brasileiros e abrir as portas para a produção contemporânea internacional.
Cercadas de bons profissionais, como o diretor técnico Fernando Guimarães, que já trabalhou no Teatro Municipal de São Paulo, Gabriela e Ana Mondini escolheram os bailarinos do elenco não só pelas qualidades técnicas.
"Realizamos entrevistas com cada um, para avaliar personalidades e expectativas", dizem. A maioria dos bailarinos brilhou nas melhores companhias brasileiras.
Agora, no República da Dança, já recebem salário fixo, que não é alto mas é o melhor da cidade (US$ 750 por mês), além de assistência médica.
Com idade média de 30 anos, os bailarinos compõem uma variedade de sotaques. Há gente de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo.
Todos concordam num ponto: "Estava precisando aparecer uma companhia nova, capaz de aproveitar melhor as experiências de cada um e ainda dando chance de participar nas criações", afirmam. (AFP)

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