São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 1994 |
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Diretório Nacional analisa apoio a Tasso no CE
CARLOS EDUARDO ALVES
O apoio a Tasso é rejeitado pela maioria da cúpula do PT, embora Lula veja a aliança com simpatia. A decisão sobre o caso cearense, porém, só deve ser oficializada no Encontro Nacional do PT, que começa amanhã. O diretório pode enviar ao encontro a sugestão de veto ao acordo com o PSDB. A política de alianças estaduais do PT repete, ainda que atenuada em relação à candidatura de Lula, o arco majoritário de acordos limitados aos partidos claramente de esquerda. Em alguns Estados importantes do país, como Minas e São Paulo, houve a opção por candidaturas próprias, mesmo sabendo-se que o partido corre o risco de ter votação insignificante. Fragilidade A preocupaçção do comando da campanha de Lula é que a fragilidade de algumas candidaturas estaduais do partido puxe Lula para baixo na disputa pela Presidência da República. Nas conversas da cúpula, são tidas como candidaturas realmente fortes apenas as do ex-prefeito Olívio Dutra (RS), do ex-deputado federal Vitor Buaiz (ES) e de Jorge Bittar (RJ). Em três Estados, o PT deve apoiar o PDT. As coligações foram estimuladas por Lula. O objetivo é abrir uma ponte com o eleitorado brizolista e, assim, tentar vencer a objeção do ex-governador fluminense ao petista. O pragmatismo estimulado por Lula bate de frente com a tradição petista de hostilizar o PMDB em pelo menos dois Estados: Paraíba e Rondônia. Naqueles Estados, o PT pensa em apoiar candidatos peemedebistas. O apoio aos candidatos peemedebistas ainda enfrenta fortes resistências das alas mais ortodoxas do petismo. Texto Anterior: Para Lula, direção vai sair vitoriosa Próximo Texto: Assessor diz que Folha 'distorceu' frase de Lula Índice |
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