São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 1994
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Inflação fica em 40,9% pelo IGP-M

DA SUCURSAL DO RIO EDA REPORTAGEM LOCAL

A inflação de abril medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) foi de 40,91%, com queda de 4,80 pontos percentuais sobre o resultado de março.
Os preços no atacado foram os principais responsáveis pela queda. O índice é um dos três usados como base para o cálculo da URV.
O IPA (atacado), um dos três componentes do IGP-M, foi de 37,90%, com queda de 8,97 pontos sobre o de março. O IPA representa 60% do IGP-M.
O IPC (varejo), que representa 30% do IGP-M, foi de 43,73% em abril, apenas 0,49 ponto menor que o de março.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), terceiro dos que compõem o IGP-M, com peso de 10% no total, aumentou. Passou de 43,41% em março para 50,70% em abril.
Entre os preços no varejo, a maior alta foi para o item "despesas diversas", com 51,78%. A menor foi do vestuário: 38,99%.
O IGP-M de abril representa a alta dos preços no período de 21 de março a 20 de abril.
Fipe
A taxa de inflação em São Paulo foi de 45,43% na terceira quadrissemana de abril –0,69 ponto percentual acima do registrado na segunda quadrissemana (44,74%).
Essa variação, segundo a pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), foi provocada pela alta de preços de vestuário, aluguel, alimentos industrializados, fumo e bebidas, bens duráveis e remédios.
Os preços aceleraram na Fipe ao contrário do que ocorreu no IGP-M porque são pesquisas diferentes. O IGP-M caiu graças ao atacado –que a Fipe não pesquisa.
O aumento na taxa da Fipe pode ser atribuído ao reflexo das altas no atacado em março. Esses aumentos chegara ao varejo em abril.
Os resultados da terceira quadrissemana de abril referem-se a preços praticados entre 24 de março a 22 de abril. A Fipe prevê que abril termine com inflação de 46%.

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