São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994 |
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Petista investe em temas sociais
CARLOS EDUARDO ALVES E ELVIS CESAR BONASSA
Na campanha, o candidato petista à Presidência será apresentado ao eleitorado como o "candidato que mais conhece o país". O mote das caravanas que cruzaram o país será utilizado como argumento. A campanha de Lula será dirigida principalmente em cima do discurso em defesa dos "excluídos", o novo jargão do petista ao falar dos miseráveis. Dentro dos problemas dos "excluídos", Lula optou por priorizar os programas de garantia de escola às crianças. O deputado Aloizio Mercadante (SP), o principal assessor econômico de Lula, é um dos defensores da idéia. O combate à fome se insere na tentativa do PT de transformar a disputa eleitoral num cotejo de programas. Lula vai insistir que seu programa tem metas possíveis de serem alcançadas, enquanto seus adversários teriam um vago discurso pela "modernidade". Rui Falcão, vice-presidente do PT, quer que Lula adote "um discurso ideológico, mas não doutrinário". Nessa visão, caberia ao candidato deixar claro ao eleitorado quem ganharia e quem perderia com sua chegada ao poder. O PT também decidiu apostar na "nacionalização" da campanha. A decisão foi tomada depois de constatada a fragilidade das candidaturas do PT aos governos estaduais. Durante a Copa do Mundo, aproveitando que o interesse do eleitorado dos grandes centros urbanos estará voltado para o futebol, Lula fará mais uma caravana. O roteiro prevê uma viagem de barco pelo rio São Francisco, de Minas Gerais até a Bahia. Depois da Copa, o investimento será feito em incursões por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas. Texto Anterior: PT deve se abrir para a sociedade, diz Lula Próximo Texto: Candidato promete viajar no governo Índice |
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