São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Feira tem preços em dólar e URV

Petistas vendem de camisetas a vídeos

ELVIS CESAR BONASSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes de chegar ao Encontro Nacional do PT, os participantes passam por uma feira, instalada no saguão de entrada do auditório Petrônio Portella.
São vendidos camisetas de campanha, "buttons", bonés, assinaturas de revistas e jornal e até vídeos do partido. Os preços estão submetidos à melhor economia de mercado.
A TVT, produtora de vídeo, está vendendo uma fita com a história do partido, "13 anos de PT". O preço está cotado em dólares. Quem quiser o vídeo vai desembolsar US$ 20.
O movimento indígena também está presente. Sua barraquinha é a única que aderiu ao plano FHC: está vendendo camisetas, com estampas de índios, por 6 URVs.
A feira estabeleceu concorrência entre os diretórios estadual e municipal de São Paulo. O primeiro está com os preços mais baixos. Um "button" de plástico custa CR$ 250, contra CR$ 350 no concorrente.
O diretório de Brasília investiu na exclusividade: vende toalhinhas para bebês com a inscrição bordada "minha mãe é PT". Preço: CR$ 980,00.
No setor de jornais e revistas há promoções. O jornal semanal "Brasil Agora", oficial do partido, oferece assinatura anual por CR$ 40 mil. De brinde, o assinante leva um livro e concorre a uma viagem a Cuba.
Os negócios não se restringem aos grupos ligados ao PT. Durante todo o tempo em que esteve no Congresso, Lula foi acompanhado por quatro fotógrafos de Brasília.
Por CR$ 20 mil, eles ofereciam a quem estivesse por perto uma foto ao lado do petista.

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