São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994 |
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Ministro nega intenção de acabar com o IPFM
DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo não pretende acabar com o IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) após a criação da nova moeda, o real.A afirmação foi feita ontem, em São Paulo, pelo ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. Ele disse ter ficado "surpreso" ao ler as notícias sobre a possível extinção do imposto. A informação de que o IPMF poderia ser extinto quando o real chegasse foi dada anteontem pelo deputado Maurílio Ferreira Lima (PSDB-PE), após reunião de parlamentares do PSDB com o ministro da Fazenda. Ricupero afirmou que, durante reunião com parlamentares do PSDB, perguntaram a ele se "a alíquota de 0,25% do IPMF não seria muito alta após a criação da nova moeda. Disse que pediria esclarecimentos sobre o assunto à Receita Federal". Ferreira Lima reafirmou ontem que o governo vai estudar as repercussões da cobrança do IPMF após a implementação do real. Segundo o deputado tucano, o ministro informou na reunião que j havia sido alertado pela sua equipe sobre problemas na convivência do imposto com a nova moeda. Mas Ricupero disse que extinguir um imposto neste momento "seria a última coisa que iria fazer". "Não posso acabar com um imposto quando precisamos aumentar a arrecadação", afirmou. Além da negativa do ministro, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda distribuiu ontem nota informando que o governo não estuda o fim do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) quando entrar em vigor a nova moeda, o real. "Não tem qualquer procedência a notícia de que o IPMF seria extinto após a implantação do real", diz a nota. Segundo ela, não existe nenhuma relação entre a vigência deste imposto e a criação do real. Febraban Antes do almoço do ministro com os integrantes do "Movimento Cidadão Contra a Inflação, o presidente da Febraban, Alcides T pias, chegou a elogiar a decisão. Segundo ele, "o fim do IPMF é uma medida que se impõe a partir da estabilização". Para ele, a partir do momento que a inflação deixa de existir, esse imposto torna-se uma carga muito pesada". Texto Anterior: Governo gasta CR$ 168 bi além do limite Próximo Texto: Merrill Lynch aposta em vitória de FHC Índice |
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