São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Diminui o ritmo de crescimento da indústria paulista em março

DA REPORTAGEM LOCAL

Diminui o ritmo de crescimentoda indústria paulista em março
O nível de atividade da indústria paulista cresceu 7,2% em março em relação a fevereiro. Em relação a março do ano passado, no entanto, houve crescimento de apenas 0,4%, o menor índice de 1994.
Os números são resultado do INA (Indicador do Nível de Atividade, desazonalizado), divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Embora os dados sejam relativos ao primeiro mês de vigência da URV, o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Mário Bernardini, afirma que é prematuro avaliar o avanço em relação a fevereiro como uma retomada consistente em consequência das mudanças na economia.
"Mas a URV têm influência na medida em que freou os negócios em fevereiro, o que foi retomado após sua introdução, em março", avalia Bernardini.
As vendas reais da indústria mostraram expansão de 7,6% em relação a fevereiro, porém caíram 0,4% em relação a março de 1993.
O crescimento mais expressivo em termos de vendas reais ficou com o setor de material elétrico e de comunicações, 46,9% superior ao do primeiro bimestre de 93.
"Este ano está se vendendo o dobro de TVs do que o registrado em 93", destaca Bernardini.
Também cresceram os setores de minerais não metálicos (11,6%), material de transporte (23,8%) e papel e papelão (1,2%).
A surpresa, no entanto, foi o setor de mecânica, "que depois de meses ruins apresentou crescimento de 21,7%", diz Bernardini.
Esse resultado, para Bernardini, tem como um dos fatores o desempenho da agricultura, tanto em safra como em preços, o que se reflete no consumo de insumos para o setor, tanto de máquinas quanto de produtos químicos.
O setor químico teve resultado 14,3% inferior ao registrado no primeiro bimestre de 93.
Também caíram os setores de metalurgia (-4,4%), mobiliário (-5,7%), têxtil (-10,1%) e de alimentação (-2,7%).
O número de pessoas ocupadas na indústria paulista em março caiu 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em relação a fevereiro, o número de horas trabalhadas na produção em março cresceu 2,1%.
Já os indicadores de salário real médio pago pela indústria em março mostram evolução.
Em março de 94 o índice foi 8,5% superior ao fevereiro, o que sazonalmente ocorre.

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