São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Polícia confisca livros contábeis em assembléia do Eldorado

DA REPORTAGEM LOCAL

Os livros contábeis do grupo Eldorado foram confiscados, ontem, durante assembléia geral dos acionistas para discutir o balanço do grupo no exercício de 1993.
A apreensão foi realizada por uma equipe da Delegacia dos Crimes contra a Fé Pública, na sede das empresas, em São Paulo, depois de uma queixa feita pela holding Taveri, que representa as filhas do fundador do grupo.
Maria Helena Veríssimo, uma das filhas, disse que o balanço do grupo foi publicado com a assinatura dela, de sua mãe e de suas irmãs, sem qualquer autorização.
João Carlos de Paiva Veríssimo, da holding Verpar, que representa os sobrinhos do fundador, disse que houve um lapso por parte da sua empresa ao publicar o nome das primas. Segundo ele, hoje será publicada retificação nos jornais.
Roberto Dutra Vaz, assessor da Taveri, disse que a polícia irá realizar perícia para verificar se as assinaturas nos livros são realmente das filhas do patriarca.
Paiva Veríssimo disse que a polícia apreendeu três documentos: livro de ata de reunião da diretoria; balanços que foram publicados; e um relatório da contabilidade.
"Não houve falsificação de assinaturas. O que aconteceu é que é obrigatório, por lei, publicar a demonstração do resultado do balanço oito dias antes da assembléia. Por um lapso nosso, o nome delas foi incluído na publicação."
A Taveri conseguiu aprovar ontem, durante a assembléia, a criação de um conselho fiscal para fiscalizar atos da diretoria e dos gerentes, já a partir de segunda-feira.
Em 60 dias haverá nova assembléia. O Eldorado está sendo disputado na Justiça. A holding Verpar quer que a holding Taveri formalize compromisso de cisão das empresas firmado em julho de 93.
A Taveri quer auditoria nas empresas antes da cisão definitiva.

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