São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Israel e OLP têm acordo econômico

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel e a OLP assinaram ontem em Paris um acordo econômico que confere autoridade comercial, financeira e fiscal ao futuro governo autônomo da Palestina.
Israel não aceitou, contudo, a criação de uma moeda palestina.
Os dois lados esperam agora que a ajuda financeira internacional comece a chegar à região.
Governos e instituições como o Banco Mundial prometeram mais de US$ 2 bilhões em ajuda às áreas autônomas de Gaza e Jericó (Cisjordânia).
O ministro da Fazenda de Israel, Avraham Shohat, e o chefe do departamento econômico da Organização para a Libertação da Palestina, Abu Ala, assinaram o acordo no Ministério das Relações Exteriores da França.
O acordo econômico foi negociado durante seis meses. É parte de histórico acordo de paz fechado em Washington em setembro passado e que deverá ser assinado quarta-feira por Israel e a OLP.
Os pontos principais do documento de ontem são:
1) Os dois lados terão políticas de importação semelhantes. Os produtos agrícolas das áreas autonômas palestinas têm entrada livre em Israel, com exceção de tomates, pepinos, batatas, ovos e frangos. Para estes, haverá quotas durante cinco anos.
Os agricultores israelenses pressionavam contra a entrada de produtos palestinos mais baratos.
2) A administração palestina vai regular e supervisionar os bancos nas áreas de Gaza e Jericó. Também será responsável pela política fiscal, o que inclui a fixação e arrecadação do imposto de renda e dos impostos locais.
3) Os dois lados vão continuar discutindo a criação da moeda que os palestinos consideram símbolo de sua autonomia. O shekel israelense continuará circulando.
4) O pacto estipula que o trabalho em Israel é essencial para os palestinos expandirem suas oportunidades de emprego.

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