São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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"Prêmio é forma de reconhecimento"
EDUARDO BELO
Vendedor guarda extra para casar "O `gainsharing' é um negócio fantástico. A participação do funcionário no resultado do negócio é indispensável." A definição é de Márcio Sartori, 25, representante de vendas da Monsanto. Embora o presidente da empresa acredite que o funcionário não pensa somente no dinheiro extra, Sartori vai direto ao ponto: "Aquele gasto que você ia fazer levianamente você já não faz, porque vai contar no final do ano. E aquilo é dinheiro a mais no seu bolso", afirma. Sartori trabalha há três anos na empresa. Ele compõe uma das equipes que estreou na remuneração variável no ano passado. E já está feliz. Em março recebeu um cheque equivalente a 2,35 vezes o seu salário mensal. Ele conta que guardou todo o dinheiro em uma aplicação. "Foi para o passivo circulante", brinca. Ele está fazendo um pé-de-meia para seu casamento, que deve ocorrer ainda este ano. "Eu acho que o salário a mais coroa o bom resultado do ano todo. É nada mais que uma forma de reconhecimento." Engenheiro químico, Sartori trabalha com vendas de fosfato –um ácido baseado no elemento químico fósforo, usado na agricultura para correção da acidez do solo. Trata-se de uma das áreas de maior destaque na Monsanto. Ele acha que o salário variável faz o empregado "se sentir dono do negócio". "Dá muito mais maturidade ao grupo", afirma. Para ele, o sistema permite maior integração e motivação entre as equipes. "Por exemplo, a área de crédito e cobrança fica muito mais interessada em me dar suporte." Ele diz que tem contatos com outras empregas que adotam o "gainsharing", mas prefere o da Monsanto. "Ela faz o funcionário vestir muito mais a camisa", define. Ele não revela quanto ganha. Diz apenas que 2,35 salários extras é um valor "bastante significativo". (EBe) Texto Anterior: Sistema ganha adeptos no país Próximo Texto: Unibanco obtém lucro líquido de US$ 24,1 milhões no 1º trimestre Índice |
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