São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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O fundão precisa acabar por decreto, afirma Eris
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Na avaliação do mercado obtida pela Folha, o que está em discussão é um "mico" de US$ 1,391 bilhão. US$ 391 milhões correspondem ao FDS –que é da responsabilidade da Caixa Econômica Federal. Há quem no mercado acredite que esta será a "contribuição" dos bancos para a estabilização. Por isto, alguns já estão murchando seus fundões. "Vamos ter que conviver com estes títulos por muito tempo", diz Reinaldo Rios, superintendente de operações ativas do Unibanco. Ele prevê que o governo autorize a passagem destes títulos para a carteira de outros fundos, como o de commodities. Pedro Bodin, ex-diretor do BC, atualmente no banco Icatu, concorda com a avaliação de Rios. Para ele, a morte do fundão deve ser por inanição. "Vai ser melhor ficar com moeda", diz. Mantida a regra atual e o fundão continuando a existir formalmente, quem colocar seus recursos vai notar que o dinheiro vai emagrecer. A queda da inflação vai dar transparência ao que acontece já hoje. O rendimento do fundão é negativo (menor do que a inflação). Sem inflação, os recursos aplicados terão queda de valor em termos nominais no dia-a-dia. Eris acredita que a queda da inflação obrigará o BC a rever todas as alíquotas de IOF do mercado. "Elas não são compatíveis com uma inflação baixa." (JCO) Texto Anterior: Juro deverá desabar de 53% para 10% ao mês Índice |
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