São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994
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Mazinho vira exemplo durante a nova crise

UBIRATAN BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a rebeldia de Edmundo agora é exemplo de má conduta extremada, a persistência do meia Mazinho encabeça a lista das virtudes valorizadas no Palmeiras.
Ao contrário de Edmundo, condenado pelo time por pensar mais na seleção que no clube, Mazinho acredita ter despertado a atenção do técnico Carlos Alberto Parreira pelo senso de coletividade.
"Quando cheguei no Palmeiras (1992), estava fora de forma e com problemas pessoais que comprometeram minhas atuações", lembra o jogador, que sofreu com os problemas de gravidez de sua mulher, Valéria.
A soma de erros –suas falhas desclassificaram o time da Copa do Brasil de 92 e prejudicaram o time na final do Paulistão contra o São Paulo– o convenceu de que não teria mais chance na seleção.
"Quando o Luxemburgo assumiu o time (abril do ano passado), falei que jogaria na lateral se fosse preciso, mesmo preferindo ficar no meio-campo", disse Mazinho.
O acerto com César Sampaio, com quem divide a marcação e alterna jogadas de ataque, permitiu a Mazinho se fixar como meia.
"Ele mostrou ser o jogador ideal para distribuir as jogadas", observou Luxemburgo. "Quando o time precisa alternar rapidamente de um lado para outro, a bola precisa passar pelos seus pés."
Com a ausência de volante Axel (suspenso) do São Paulo hoje, Luxemburgo incumbiu Mazinho de comandar o meio-campo.
"Como o Cafu, que joga rápido, deve ser uma opção do Telê Santana, o Mazinho vai se responsabilizar pela marcação, o que facilita minhas descidas ao ataque", disse o zagueiro Antônio Carlos.
"No jogo anterior, o trabalho foi tão bem feito que desci três vezes sem me preocupar com o contra-ataque", comentou.
(UB)

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