São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994
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Edílson recua e retira as críticas aos companheiros

Meia palmeirense diz que já aceita jogar fora de posição

UBIRATAN BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL

O meia Edílson mudou seu discurso. Depois de reclamar de ficar na reserva e de não gostar de jogar no ataque, o jogador cessou suas críticas.
Com a suspensão de Edmundo, Edílson percebeu que a única vaga no time seria na frente. Notou também a união da equipe contra jogadores que só reclamam em defesa própria.
A mudança de conduta foi definitiva quando Edílson recebeu uma bronca de Luxemburgo por ter criticado a atuação do colombiano Rincón. "Não vem jogando nada", disse, na semana passada.
(UB)

Folha - Por que você agora aceita jogar na frente, se antes só queria atuar no meio-campo?
Edílson - Jogo na posição em que o técnico mandar. Se ficar na reserva, também não vou reclamar.
Folha - Por que essa mudança rápida de opinião?
Edílson - Não mudei de opinião. Ao contrário: só deixei bem claro o que pensava, que não gosto de jogar na frente porque meu corpo é franzino demais para proteger a bola. Também não sei jogar de costas para o gol.
Folha - A suspensão de Edmundo chegou a te intimidar?
Edílson - De forma alguma. O que ele fez foi bobagem. Não é o melhor caminho para ganhar a posição. Eu só deixei claro que jogo melhor na posição do que Rincón e que chego na área com a bola dominada. É mais fácil tentar o gol. Foi assim que joguei no ano passado.
Folha - Você não teme uma reação da torcida, caso não jogue bem?
Edílson - Isso vai acontecer se o time não jogar bem. Claro que comigo vai ser pior, porque eles vão reclamar a volta do Edmundo. Mas se a torcida gritar contra é porque gosta do Edmundo. Mesmo se o Pelé fosse seu substituto, ouviria os gritos do mesmo jeito.
Folha - Você então não vai sentir a pressão?
Edílson - Não. Sempre fui destaque do time. Tenho fé em mim mesmo. Quando entro em campo, me acho o melhor do mundo. Não vou tremer.

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