São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994
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Obra em casa transforma `hobby' em transtorno

Reforma demorou mais que o previsto e acabou na Justiça

CLAUDIA RIBEIRO MESQUITA
FREE-LANCE PARA FOLHA

Dalva Coca Lott, 55, tem um currículo invejável em reformas. Nos últimos 30 anos ela passou por 14 reformas em diferentes casas em que morou e construiu outras duas.
Em sua última mudança, no entanto, seu "hobby" transformou-se em transtorno. Além de ter que pagar por um serviço malfeito, ela foi obrigada a indenizar o empreiteiro que contratou para realizar sua 14ª reforma.
"O contrato previa a conclusão da obra em 70 dias e ele não me entregou sequer em 150 dias", reclama. Além disso, Dalva afirma que o empreiteiro, contratado apenas para realizar os serviços de pedreiro, gastou muito mais do que estava programado e cometeu erros na obra.
Dalva dispensou a empresa e contratou um novo serviço. Essa decisão resultou em uma ação judicial do emprenteiro contra ela no Tribunal de Pequenas Causas.
Segundo Dalva, o juiz condenou-a a pagar a multa com base no argumento de que ela desrespeitou uma cláusula do contrato ao interromper o trabalho do empreiteiro.
Mesmo depois dessa experiência, Dalva ainda prefere comprar o material e contratar mão-de-obra avulsa a entregar a obra para uma empresa especializada. "Incomoda, mas consigo uma economia de cerca de US$ 8 mil", afirma.

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