São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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Primavera já é bom
JOYCE PASCOWITCH Primavera já é bom.Em Paris, muito melhor. Aqui alguns toques para passá-la como se deve –e onde se deve–, sem chamar atenção e desfrutando ainda que por pouco tempo da doce sensação de fazer parte da turma certa: Uma garrafinha de água Badoit à mão –dois francos e meio na Monoprix– é a companhia perfeita para andanças na Rive Gauche –Evian, Vittel ou Perrier não causam o mesmo efeito Comer queijo chèvre quente, seja sobre torradas ou em cima de uma salada verde Dar pelo menos uma passadinha para ver os livros da La Hune –depois de um café no Deux Magots, bem ao lado Circular como uma sacola da FNAC –pega muito bem e dá aquele ar de cultura Dizer que sim, você já foi almoçar no novo Café Marly antes de visitar a pirâmide do Louvre Como recreio do footing no Faubourg Saint Honoré, um chá com doces japoneses na doceira Toraya, na rue Saint-Florentin –tudo bem também se for no tradicional La Durée, na rue Royale, ou no Angelina, rue de Rivoli Pelo menos um steak frites no La Coupole Dar uma geral na nova boutique Joseph na Avenue Montaigne –aliás a melhor do pedaço Colocar uma jaqueta de jeans entre a camiseta branca e o paletó Comer um confit de canard no Ami Louis –de preferência em uma mesa ao lado de Francis Ford Coppola Deixar para comprar maquiagem Chanel na própria maison –e circular com a sacolinha pequenininha que serve como embalagem Comprar vitaminas que hidratam e rejuvenescem a pele –a última mania das mulheres francesas Visitar o Instituto do Mundo Árabe Dar pelo menos bom dia para os impressionistas no museu D'Orsay Comer ostras –não importa onde Beber um bom champagne –importa e muito com quem Ver a cidade instalada na cobertura do hotel Meurice –e acreditar que sim, a felicidade até existe Arranjar um namorado -nunca faz mal, muito menos em Paris. Próximo Texto: O BEABÁ DO PENSAMENTO Índice |
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