São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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Estudo é obrigatório na França ANDRÉ LAHÓZ ANDRÉ LAHÓZ
A carga horária semanal varia de oito a duas horas, dependendo do curso. Os alunos fazem a opção no ano terminal, de acordo com a faculdade que querem cursar. No curso A, chamado de literário, a filosofia é a matéria mais importante, com oito horas semanais. No curso B, no qual a matéria mais importante é a economia, a carga horária é de cinco horas. Nos cursos científicos a carga é de três horas semanais e nos cursos técnicos, de duas horas. O programa do Ministério da Educação é bem livre. São apenas linhas gerais que cada professor desenvolve como desejar. O programa é dividido em três partes: "O homem e o mundo", "o conhecimento e a razão", e "a prática e os fins". "É um curso para estimular as idéias de cada aluno", afirma Mm. Valent, da escola parisiense Montaigne. "Aprender a pensar e a fazer uma dissertação são armas que se carrega para toda a vida." O Ministério da Educação divulga uma extensa lista bibliográfica, a partir da qual os professores escolhem três, dois ou um autores (respectivamente para curso A, B ou C). Existem várias dificuldades no ensino da filosofia ao nível do segundo grau, segundo a professora Bay, também da escola Montaigne. "Os alunos são obrigados a repensar assuntos delicados, como religião ou moral, e às vezes perdem seus pontos de referência." Nunca houve tentativa de acabar com a obrigatoriedade da filosofia. Noos anos 80 foi feita uma tentativa de aumentar a carga horária de um para dois anos. O resultado foi positivo, mas a idéia foi abandonada por motivos financeiros. Texto Anterior: Volume inicial sintetiza e 'atualiza' questões Próximo Texto: Matéria é opcional na Inglaterra Índice |
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