São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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J.H.H. queria jogar basquete
FERNANDO CANZIAN
Quando tem serviço, trabalha como funcionário temporário em um supermercado de Nova York. Ganha US$ 3,25 por hora para empilhar caixas e renovar as prateleiras da loja. Diz que vai à escola quando quer. Frequenta o equivalente no Brasil à 5º série e diz estar cansado das aulas. Trabalha quatro horas por dia e ganha menos de US$ 300 por mês. J.H.H. tem família e diz que nunca teve problemas com a polícia. Mas dois de seus amigos, diz, já foram presos com drogas nas redondezas da escola. As operações de sua gangue são pequenas. J.H.H. afirma que é mais uma questão de sobrevivência e de mostrar respeito aos membros de outros grupos. Há brigas de vez em quando, mas diz que nunca viu ninguém com armas de fogo. J.H.H. diz não ter a menor idéia do que estará fazendo daqui a dois anos. Ele sonhava em ser jogador profissional de basquete, mas acha que aos 19 anos já ficou muito velho para isso. (FCz) Texto Anterior: Estados punem menor infrator Próximo Texto: Irlanda vive onda de violência protestante Índice |
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