São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994
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Acordo pode sair na quarta

DA REDAÇÃO

Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) devem assinar na próxima quarta-feira o acordo para a autonomia palestina na faixa de Gaza e na cidade de Jericó (Cisjordânia)
Territórios ocupados por Israel desde a Guerra dos Seis Dias (1967), eles foram escolhidos como embriões de um possível Estado palestino.
Negociações secretas realizadas em Oslo (Noruega) levaram ao reconhecimento mútuo entre Israel e OLP e a um acordo preliminar.
Em 13 de setembro de 1993, o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, e o presidente da OLP, Iasser Arafat, assinaram nos EUA o acordo de princípios para a autonomia palestina.
A partir daí, começaram as negociações entre israelenses e palestinos para a assinatura do acordo definitivo.
A OLP abandonou as negociações em 25 de fevereiro último, após o massacre de cerca de 30 fiéis muçulmanos por um israelense em Hebron (Cisjordânia).
No amanhecer desse dia, o imigrante norte-americano Baruch Goldstein entrou em uma mesquita na Tumba dos Patriarcas e disparou contra fiéis muçulmanos.
Após massacrar cerca de 30 pessoas, Goldstein foi dominado e linchado pelos sobreviventes.
Em represália, o movimento fundamentalista islâmico Hamas prometeu cometer uma série de cinco antentados.
Em 6 de abril, um carro-bomba matou 8 pessoas e feriu 50 em um ponto de ônibus na cidade de Afula.
Uma semana depois, no dia 13, 6 pessoas morreram e 30 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba em Hadera, 48 km ao norte de Tel Aviv.
Os dois atentados foram reivindicados pelo Hamas, grupo que se opõe às negociações de paz entre a OLP e o governo de Israel.

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