São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994 |
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Mostra retoma e decompõe forma
FERNANDO PEIXOTO Reunindo 17 artistas contemporâneos, a "Coletiva de Escultura" mostra os caminhos variados, e às vezes opostos, que os escultores brasileiros têm percorrido: a utilização de uma gama variadíssima de materiais; a retomada da forma e sua decomposição; a procura do belo e sua recusa; a concisão expressiva e o excesso. Um certo elemento lúdico presente nos "relógios" de Cristina Rogozinsk reaparece no "Glove-Trotter" de Cildo Meireles, só que aí travestido pela ironia fina. O bronze utilizado por Sérgio Romagnolo para recompor temas "clássicos" está presente, menos limpo é verdade, na "natureza-morta" de Tunga. Restos, vestígios de formas e materiais outros aproximam Nuno Ramos e Angelo Venosa. O humor é traço forte em vários trabalhos: negro, nos cavalinhos decepados de Lia Menna Barreto; mordaz, na paisagem de Nina Moraes; escrachado, em Valeska Soares. A beleza da linha e a elegância da forma aproximam os trabalhos de Artur Lescher e Ernesto Neto. Presentes também Ester Grinspum e Edgar de Souza, entre outros.Fernanda Peixoto Coletiva de Escultura. Espaço Namour. R. Estados Unidos, 1.862, Jardins. Tel. 280-1166. Segunda a domingo: 11h/21h. Texto Anterior: Firma mafiosa, advogado ingênuo Próximo Texto: 'Autorama' dá jeito na insônia Índice |
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