São Paulo, segunda-feira, 2 de maio de 1994
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Diretor inicia operação

LUIZ CARLOS DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O início de uma operação de atendimento em acidente na Fórmula 1 depende do diretor da prova. É ele quem, do alto da torre de observação, dá autorização ao diretor médico para que o deslocamento das equipes seja feito.
A partir daí, através de rádio, o diretor médico aciona as equipes mais próximas do acidente.
Todos os esquemas médicos dos circuitos da Fórmula 1 são supervisionados pelo médico Sidney Watkins, diretor médico da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Equipamentos
As ambulâncias e helicópteros são equipados com instrumentos de última geração. Entre eles estão o monitor cardíaco, desfribiliador (ressuscitador), respirador artificial, material de reanimação e equipamento especial para remoção e imobilização e maca inflável.
Para enfrentar as dificuldades respiratórias do piloto, os médicos tem dois tipos de intervenção. O mais fácil é o entubamento. Um tubo é colocado na boca e é ligado a uma espécie de balão de borracha, chamado ambu.
Apertado com as mãos, o balão remete ar para o sistema de respiração. Quando as vias áreas estão comprometidas com sangue e secreção, opta-se pela traqueotomia (veja quadro). Nesse caso, o socorro também é feito com o ambu.
Ao ser levado para o interior da ambulância ou do helicóptero, o tubo então é conectado diretamente no respirador artificial, que faz o trabalho automaticamente.
É provável que Senna, logo ao bater, tenha entrado em estado de coma profundo. Isso significa que o piloto vive um estágio de inconsciência. Ele não apresenta reações a estímulos verbais (perguntas) e dolores.
Segundo o médico Ailton Beraldo, em função de o acidente ter acontecido em fração de segundo, é muito provável que Senna não tenha sentido dor.
(LCD)

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