São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994 |
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Lula decide usar agentes da PF na campanha
CARLOS EDUARDO ALVES
Todo candidato à Presidência já homologado em convenção tem direito de utilizar um delegado e sete agentes da Polícia Federal (PF) para garantir sua segurança durante a campanha eleitoral. Lula não queria reforçar seu esquema de segurança, que foi feito até agora por militantes petistas que andam desarmados. Na campanha de 89, Lula só recorreu à PF no segundo turno. O assassinato recente de Luis Donaldo Colosio, que era candidato a presidente do México, reforçou a argumentação de amigos e da cúpula do PT favoráveis ao reforço da segurança. "O esquema será preventivo, sem truculência", disse Rui Falcão, o novo presidente nacional do PT. A idéia inicial é dividir os homens da PF entre a casa de Lula, em São Bernardo do Campo (SP), e as atividades externas do candidato. Lula reuniu-se ontem de manhã com Falcão. Hoje, retoma a agenda de candidato com um almoço com empresários em São Paulo. Falcão, líder da ala de esquerda que manteve a hegemonia política interna do PT no Encontro Nacional do partido encerrado domingo, acha que o programa de governo de Lula assegura a unidade do PT. "O programa aprovado dá margem para a realização de um governo de reformas profundas", acha Falcão. Depois de vencer a batalha interna, Falcão vai tentar agora resolver algumas pendências estaduais. Na Bahia, por exemplo, a direção do PT vai tentar convencer o PT local a apoiar a candidatura do ex-ministro Jutahy Magalhães Jr. (PSDB) ao governo estadual. Jutahy já anunciou que apoiará Lula na sucessão presidencial. O ex-governador baiano João Durval (PMN), que também disputa o governo estadual, acenou com a possibilidade de fazer a campanha de Lula. Texto Anterior: PSDB veta Bornhausen para ser o vice de FHC Próximo Texto: Brizola descarta aliança com PT Índice |
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