São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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Parecer técnico pode evitar remoção de famílias

DA REPORTAGEM LOCAL

A favela do Jardim Jaqueline não corre o risco iminente alegado pela Administração Regional do Butantã para remover 96 famílias que moram numa área invadida.
A conclusão faz parte de um parecer elaborado pelo consultor Rui Mori, engenheiro especializado na área de mecânica de solo. O parecer será entregue ainda hoje ao juiz José Márcio do Valle Garcia, da 3ª Vara da Fazenda Pública.
Foi ele quem concedeu, na terça-feira passada, liminar à regional do Butantã para fazer a remoção. Os moradores da favela seriam alojados temporariamente no ginásio do Centro Educacional e Esportivo da Lapa, o Pelezão.
No mesmo dia, o vereador Henrique Pacheco (PT), 42, conseguiu prazo com o juiz para mandar um técnico examinar o local, suspendendo a remoção.
Os invasores do terreno, liderados por uma comissão de 12 moradores, dizem que só deixam a favela se forem levados para um lugar definitivo. Eles pleiteiam terrenos no conjunto habitacional Educandário, que fica no km 16 da via Raposo Tavares.
Os moradores das imediações do Pelezão, na Lapa, fizeram um abaixo-assinado com quase 2.000 assinaturas pedindo que as famílias não sejam removidas para o ginásio. Eles acham que o local não tem infra-estrutura para receber tanta gente.

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