São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994 |
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FIA acelera mudanças no regulamento
FLÁVIO GOMES
Uma reunião amanhã em Paris será realizada para discutir a questão. Em julho do ano passado, no fim-de-semana do GP da Alemanha, as equipes chegaram a um acordo sobre o fim da eletrônica que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) exigia, para reduzir os custos e aumentar a competição. Com esse acordo foram abolidos o controle de tração, o câmbio automático (ficou o semi-automático), o acelerador eletrônico, os freios ABS e a suspensão ativa. Uma segunda parte desse plano de mudanças previa alterações aerodinâmicas nos carros a partir do ano que vem. É unânime hoje entre pilotos e ex-pilotos que o problema dos carros é o excesso de pressão aerodinâmica que mantém as máquinas "coladas" no chão. Essa pressão é como uma mão invisível que empurra os carros para baixo através das asas dianteira e traseira. As peças funcionam como uma asa de avião invertida. Ocorre que qualquer defeito nas asas, por menor que seja, faz com que um carro decole ou saia completamente do controle do piloto. Foi isso o que aconteceu com Ratzenberger no sábado. Um pedaço de sua asa dianteira se soltou e as rodas da frente perderam o contato com o solo, impossibilitando o piloto de mudar a direção e evitar o choque. Para 95, a idéia da FIA era alterar as dimensões das asas, reduzindo sua eficiência. Isso forçaria menor velocidade nas curvas, principalmente. Outra mudança seria no assoalho dos carros, que hoje é totalmente plano. A FIA sugere a criação de um "degrau" no fundo do carro. Esse degrau criaria uma zona de turbulência sob a máquina e também reduziria a pressão. Em conquência, os carros teriam que andar mais devagar. (Flavio Gomes) Texto Anterior: Das agências internacionais Próximo Texto: O QUE MUDOU NO REGULAMENTO Índice |
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