São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Senna só sorriu na McLaren
FLÁVIO GOMES
Naqueles testes em Imola, quatro dias andando ao lado de quase todas as equipes que se preparavam para a abertura do campeonato, Ayrton foi sempre o mais rápido. No último dia, foi superado no cronômetro pelo Benetton de Michael Schumacher. "Aquilo não foi real", explicou depois. A Williams estava marcando os tempos de Senna em outro ponto da pista. Foi o período mais intenso de trabalho de Ayrton em seu novo time. Os testes anteriores, no Estoril, Silverstone e Paul Ricard, haviam mostrado ao piloto que não seria nada fácil confirmar ao longo do campeonato o favoritismo. O início do relacionamento com os componentes da equipe também não foi fácil. Senna passara seis anos na McLaren. Conhecia todos os funcionários do time que lhe deu três títulos mundiais. Na Williams, era quase um estranho. Nos finais de semana de GPs, Ayrton esteve sempre tenso e preocupado. Ele sabia que seu carro era perigoso porque tinha problemas de projeto. No Japão, antes do GP do Pacífico, Senna desabafou a amigos: "Bem na minha vez cagaram no carro", falou. Ele quis um lugar na Williams porque sabia que a equipe tinha o melhor carro. (Flavio Gomes) Texto Anterior: Fãs vão à sede da Williams Próximo Texto: "Morreu uma parte de minha vida", diz Prost Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |