São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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Conheça autor de "Cem Anos de Solidão"

MARCO CHIARETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Gabriel García Márquez, conhecido como "Gabo", nasceu em Aracataca, na Colômbia, no dia 6 de março de 1928. O vilarejo fica próximo a Barranquilla, no litoral caribenho.
Em 1947, foi viver na capital, Bogotá. Aí começou a estudar Direito. Seu primeiro conto foi publicado um ano mais tarde.
Jornalista, García Márquez tornou-se correspondente internacional. Escrevia para o jornal "El Espectador", um dos maiores da Colômbia. Um de seus principais temas era, desde o começo de sua carreira como jornalista, o cinema.
Em 1967, depois de ver os originais recusados em várias editoras, viu seu "Cem Anos de Solidão" publicado por uma editora argentina, a Sudamericana.
O livro virou um sucesso editorial tão grande que serviu de impulso àquilo que se convencionou chamar "boom latino-americano", a explosão de talentos do continente nos mercados editoriais do Primeiro Mundo.
Além de García Márquez, uma série de autores foi incluída na lista do "boom": o cubano Alejo Carpentier, o peruano Mario Vargas Llosa, o argentino (nascido na Bélgica) Júlio Cortázar. O único premiado com o Nobel de Literatura foi o colombiano. "Gabo" recebeu o prêmio em 1982.
O escritor viveu muitos anos fora de seu país. É um dos maiores defensores do regime cubano e amigo pessoal de Fidel Castro. Polemista ardoroso, meteu-se em uma série de brigas com críticos dos regimes comunistas, entre eles Vargas Llosa, que o chamou de "cortesão de Fidel" em 1986.
A respeito da polêmica com o peruano, aliás, há versões dizendo que a briga tem razões não relacionadas com a palavra.
García Márquez teria paquerado a mulher de Vargas Llosa, em 1976. Depois de uma sessão de cinema onde estavam, o peruano deu um soco em "Gabo". Eram amigos antes. Viraram adversários ideologicamente irreconciliáveis.

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