São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Empresas divergem sobre causa da batida

DA REPORTAGEM LOCAL

A RFFSA (Rede Ferroviária Federal S/A) e a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) têm versões conflitantes sobre o acidente entre as estações ferroviárias da Barra Funda e da Luz (região central de São Paulo).
Segundo o gerente de tráfego da RFFSA, José Eduardo Temponi, 37, o trem de passageiros recebeu autorização da central de controle de tráfego da RFFSA para usar a linha dois, onde houve o acidente.
Era nessa linha que estava parado o trem que fazia a manutenção da rede elétrica aérea da CBTU. "Vamos investigar o que aconteceu", disse.
O gerente de manutenção da CBTU, Benedito Yamaguti, 41, disse que era impossível o trem de passageiros ter recebido a autorização para trafegar na linha dois.
Segundo ele, 15 dias antes do início da manutenção, a CBTU enviou telex para centrais de escalas de maquinistas, chefias de estações e controles de tráfego informando a interdição da linha dois.
Yamaguti disse também que o trilho móvel, que une a linha dois a outras linhas de trens, estava recolhido. Esse trilho deveria estar ligado a outra linha a fim de desviar o trem de passageiros da linha dois por causa da interdição.
"Não sei a razão desse trilho estar recolhido. Mesmo assim, os sinais da pista estavam vermelhos."
"Esse sinal da cabine pode ter falhado ou o maquinista não prestou atenção nele. O sistema de tráfego nunca deixou de apontar quando há um trem na linha. Se há pane, tudo pára."

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