São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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STF aprova extradição de mafioso japonês

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por sete votos a três, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou ontem a extradição do japonês Hitoshi Tanabe, acusado pela polícia de seu país como um dos chefões da Yakuza –a máfia japonesa.
Preso no último dia 7 de março, em Londrina (PR), onde vivia com a família, Tanabe está hoje no quartel da Polícia do Exército, em Brasília. O governo japonês tem agora 60 dias para tirá-lo do país.
Tanabe também é acusado por tráfico de drogas –chegou a ser preso no Japão com cinco quilos de cocaína. Ele admitiu ao STF que por cinco anos atuou na Yakuza, mas alegou que foi coagido a isso.
Uma das provas contra Tanabe é o corte do dedo mínimo de uma das mãos, reconhecido pela polícia como uma "marca" dos membros da Yakuza. O acusado tem, como outros integrantes da Yakuza, o corpo todo coberto por tatuagens.
Contra o pedido de extradição ficaram os ministros Marco Aurélio, Sepúlveda Pertence e Néri da Silveira. Segundo eles, a ordem de prisão emitida pelo Japão já está vencida desde 21 de abril.
Pelo Estatuto dos Estrangeiros, uma das condições para a extradição é que haja uma ordem de prisão –emitida pelo país requisitante– em vigor no dia do julgamento.
Para a maioria do STF, o que venceu em 21 de abril foi o prazo dado à polícia para prender Tanabe. Como ele foi preso antes, em 7 de março, nada impede que continue na cadeia.

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