São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994 |
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Menor Estado tem um dos melhores acervos
FEDERICO MENGOZZI
É, com 0,44 km2 e menos de mil habitantes, o menor Estado do mundo. Paradoxalmente, reúne um dos maiores acervos artístico-culturais –e religiosos. Ir a Roma e não ver o papa pode ser quase um sacrilégio, mas ir a Roma e não se deslocar até a Cidade do Vaticano é, francamente, uma estupidez. Em uma área equivalente a um quarto da área do parque Ibirapuera, em São Paulo, o Vaticano concentra uma das maiores igrejas e uma das maiores praças existentes. Há duas dezenas de museus e etapas únicas da história da arte, como a Capela Sistina. Desde o mês passado, após cinco anos de restauração, o "Juízo Final" pode ser novamente admirado. Mesmo o mais empedernido dos ateus vacila ao percorrer a via della Conciliazone, entre o rio Tibre e a praça São Pedro. Um misto de majestade e solenidade toma as pessoas que seguem por ali, entre livrarias, lojas de artigos religiosos e souvenirs. Quando se chega à elipse formada pelas colunas que o gênio barroco Gian Lorenzo Bernini idealizou e viu construídas entre 1656 e 1667, a entrega é quase total. A subida da escadaria que conduz à Basílica de São Pedro só aumenta o sentimento de contrição. É uma obra de gigantes conhecidos, como os arquitetos Donato Bramante, Michelangelo Buonarroti, Carlos Maderno e Bernini. A "Pietà" de Michelangelo, hoje protegida da sanha dos maníacos, está na primeira capela à direita. É uma obra-prima. Mais adiante, um monumento lembra a rainha Cristina, da Suécia, que renunciou ao trono e se converteu. Subir à cúpula é fundamental. Alegue um motivo qualquer, como ver a Cidade Eterna de seu ponto máximo ou homenagear o gênio de seu criador, Michelangelo. Texto Anterior: Coleções reúnem Michelangelo, Chagall e Rafael Próximo Texto: Hotel do Caribe entra na onda `verde' com sucata Índice |
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