São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Todos os caminhos sempre levam a Paris

ANDRÉ LAHÓZ
DE PARIS

Amanhã será inaugurado o túnel ligando a França ao Reino Unido. Dentro em poucos meses será possível para qualquer pessoa passar de um país ao outro dentro de seu próprio veículo.
Seja qual for o sentido escolhido, quem deseja atravessar o canal deve aproveitar para visitar Paris. Quem não conhece não pode perder e quem já conhece sabe que sempre é bom rever.
Há algumas coisas que não podem deixar de serem vistas em Paris. A torre Eiffel, a Notre Dame ou o Louvre são exemplos óbvios.
A visita à torre Eiffel sempre é interessante, mas ela pode ser ainda melhor se o horário for o final da tarde. Neste horário, pode-se ver a cidade à luz do dia e à noite.
Já Notre Dame deve ser visitada aos domingos à tarde, quando há um concerto de órgão que torna a catedral ainda mais interessante.
O tamanho do Louvre exige mais de uma visita. Não tente ver tudo de uma vez. É preferível escolher uma ala que lhe seja particularmente importante e deixar o resto para uma próxima.
Para quem gosta de museus, há outros imperdíveis. O museu D`Orsay, com obras do século 19 e 20, é um deles. Fica às margens do rio Sena, numa antiga estação de trem. A arquitetura é linda, especialmente o teto e o grande relógio da entrada.
O museu Georges Pompidou (o Beaubourg) deve ser visto. O prédio chama a atenção de longe e há sempre ótimas exposições.
Há dois outros museus particularmente bons. O primeiro é o museu Picasso. Reúne grande quantidade de obras do gênio espanhol, que podem ser vistas em cerca de uma hora e meia.
No museu Rodin, com várias obras do escultor francês, as visitas são feitas em mais ou menos o mesmo tempo, com a vantagem de haver um grande jardim dentro do museu, onde é possível fazer piqueniques.
Se o tempo ajudar, um passeio às margens do Sena é recomendável. Se for um fim-de-semana, haverá muita gente caminhando, fazendo esporte, tocando música ou olhando as pequenas bancas de livros e revistas que preenchem grande extensão das margens.
Aproveite então para conhecer as duas ilhas, Cité e Saint-Louis. Na segunda, uma sorveteria, chamada Berthillon, tem a fama –merecida– de fazer o melhor sorvete do mundo.
Na beira do Sena fica também o Instituto do Mundo Árabe. Ali perto há uma mesquita onde toma-se um chá árabe muito gostoso. Muitos estudantes se reúnem ali no final da tarde.
Alguns bairros merecem uma visita. O Quartier Latin, o bairro dos estudantes, é ideal para quem quiser um badalo noturno.
O mesmo vale para o Marais. Nesse último, a place de Vosges é realmente imperdível. Sob suas arcadas pode-se ouvir música de boa qualidade nos finais de semana. O preço é uma moeda para o chapéu do artista.

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