São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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Governo tenta privatizar hoje a Cobra e Caraíba Metais

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

Erramos: 07/05/94

O leilão de privatização marcado para ontem foi da Caraíba Mineração e não da Caraíba Metais, como disse o título da reportagem. Governo tenta privatizar hoje a Cobra e Caraíba Metais
Os leilões de privatização da Caraíba Mineração e da Cobra Computadores foram confirmados para hoje, às 14h e 14h30, respectivamente, na Bolsa do Rio.
A confirmação dos leilões contrariou as expectativas dentro do próprio BNDES, gestor do programa de privatização. Era esperado o adiamento dos dois por falta de compradores.
Pelo menos no caso da Caraíba, a probabilidade de adiamento ainda é grande. A Caraíba Metais, única cliente e principal interessada, só deverá entrar no leilão se houver risco de perder a empresa para um comprador inesperado.
Já a Cobra Computadores, que teve um leilão adiado no dia 8 de abril por falta de compradores, tem pelo menos três interessados. Um deles é o grupo financeiro Adolpho Oliveira.
A empresa, controlada pelo Banco do Brasil, também é considerada problemática. Nos últimos anos ela quase deixou de fabricar computadores para se tornar uma prestadora de serviços, basicamente para o BB.
A Cobra tem dívida de US$ 10 milhões com o BB, passivo trabalhista de US$ 4 milhões e um contencioso (disputa jurídica) tributário de US$ 9,7 milhões.
A empresa tem 1.300 empregados, mas, de acordo com os consultores que fizeram sua avaliação, pode funcionar bem com apenas 470 funcionários.
Embora esteja colocando à venda 63,61% do capital da empresa, o governo vai considerar o leilão bem sucedido de conseguir vender 80% desse total, equivalentes a 51,06% do capital, por um preço mínimo de 6,95 milhões de URVs.

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