São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994 |
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Técnica de vendas Em 85, depois de escolhido pelo Colégio Eleitoral, Tancredo fazia a distribuição dos ministérios. O Ministério do Interior era um dos mais difíceis. Os governadores do Nordeste brigavam para indicar o ministro, e cada nome lançado era vetado no dia seguinte. A coisa estava ficando interminável, e Tancredo mudou a tática. Disse que, em vez de examinar nomes, seria ideal definir os critérios para o cargo, e só depois buscar alguém que cumprisse os requisitos determinados. Consideração aceita, Tancredo começou a relacionar os atributos para os governadores. Deveria ser alguém honesto –ninguém contestou. Deveria ter experiência em questões econômicas –claro. Não poderia privilegiar um Estado em detrimento de outros –ótimo. E a lista foi se alongando, até que o governador Divaldo Suruagy (AL) interrompeu Tancredo: – Mas, presidente, nenhum dos nossos candidatos reúne todos esses atributos. Parece mais o perfil do seu secretário de Planejamento no governo de Minas, Ronaldo Costa Couto... E Tancredo, rápido: – Então está fechado. Será ele. Texto Anterior: Conselho Regional cassa general-médico Próximo Texto: PFL adia sua convenção e amplia crise com PSDB Índice |
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