São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994 |
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Brasil investe em preparação física
SÉRGIO KRASELIS
Nos treinos que antecederam a viagem para a Europa, o técnico José Roberto Guimarães e o preparador físico Júlio Noronha procuraram mostrar aos jogadores que este vai ser um ano de superação para a seleção brasileira. Por conta disso, a equipe estabeleceu como prioridade o Campeonato Mundial Masculino, que acontece em setembro. Isso não quer dizer que a seleção descarta o bicampeonato. "Trabalhamos com dois picos de preparação. Nessa fase inicial, os jogadores ainda estão sem a sua capacidade total. O pico máximo deve acontecer às vésperas do Mundial", diz Zé Roberto. Na avaliação do preparador físico Júlio Noronha, nas duas últimas semanas houve uma melhora substancial em termos de adaptação ao trabalho. Com isso, a carga de exercícios exigida para os jogadores aumentou de intensidade. "Apesar de estarmos no caminho certo, o time ainda está com 70% de seu potencial máximo, que nós deveremos atingir no Mundial da Grécia", diz Julinho. Com sete horas diárias de treinos, a seleção segue sem muitas alterações o programa estabelecido por Julinho: corrida pela manhã, seguida de musculação. O técnico Zé Roberto divide o time em dois grupos: enquanto um realiza os exercícios físicos, o outro treina fundamentos na quadra. Depois, há o revezamento. À tarde, acontecem os coletivos táticos. Para o levantador Maurício, o trabalho que a seleção faz no momento serve de base para que o time, se passar à fase final da Liga, chegue inteiro. "A equipe ainda não está bem entrosada, mas acho que vamos estar tinindo no decorrer dos jogos", diz Maurício. O preparador físico Julinho afirma que o fato de a seleção ter se concentrado no Centro de Treinamento de Barueri (27 km a oeste de São Paulo) ajudou o time a aumentar a sua carga de trabalho. O CT, além dos quartos do alojamento, conta com sala de musculação, ginásio, sauna seca e a vapor, duas piscinas (uma aquecida) e quadras de tênis. "Como não perdemos mais tempo com deslocamentos, conseguimos intensificar os trabalhos, como nunca havíamos feito até então", afirma Julinho. (SK) Texto Anterior: Técnico é supersticioso Próximo Texto: Levantador é a peça-chave Índice |
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