São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994 |
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Associação de médicos quer gerir o hospital
LUÍS EDUARDO LEAL
Segundo o secretário, a transferência do hospital para a APM –órgão de classe dos médicos de São Paulo, com 35 mil associados em todo o Estado– tem por objetivo melhorar o gerenciamento de seus recursos materiais e humanos. A inciativa está sendo discutida na Câmara Municipal. Antes de ser implementada, a prefeitura terá que ver aprovada uma série de regulamentações sobre inovações do projeto, como a remuneração dos médicos por produtividade. O vereador Adriano Diogo (PT) é um dos que consideram a transferência do Campo Limpo para a APM uma forma velada de "privatização"."O hospital será repassado às empresas de saúde", diz. O Hospital Municipal do Campo Limpo atende a bairros pobres da zona sul de São Paulo, como Campo Limpo e M'Boi Mirim, além de Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra, cidades da região metropolitana. A região tem 1,2 milhão de moradores, a maioria de baixa renda. Para atendê-los, o hospital dispõe de 220 leitos, cota insuficiente pelos padrões da Opas (Organização Panamericana de Saúde). O Campo Limpo tem 0,98 leito por mil habitantes, quando a Opas prescreve 4 leitos por mil. O pronto-socorro do hospital atende 550 pacientes por dia. Pelo menos 15 desses pacientes são vítimas de violência –acidentes de trânsito ou tentativas de homicídio. Os casos que envolvem suspeita de traumatismo craniano acabam sendo encaminhados para outros hospitais, como o HC, já que o tomógrafo do Campo Limpo –fundamental para esse diagnóstico– continua na embalagem. (LEL) Texto Anterior: Hospital de SP não usa material de US$ 600 mil Próximo Texto: Câncer já é a 3ª causa de mortes em SP Índice |
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