São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994 |
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Embu ensina crianças a fazer mel
PAULO FERRAZ
Montada numa área de seis alqueires da mata Atlântica, a cidade tem como objetivo principal dar uma verdadeira aula de ecologia e permitir que se conheça praticamente tudo sobre a vida das abelhas em poucas horas. O local pode ser visitado diariamente das 8h às 18h. Para as visitas de grupos ou escolas, é necessário marcar com antecedência, por telefone. Para os grupos, a visita é acompanhada por um instrutor-guia e custa 2 URVs por pessoa. As visitas individuais e de famílias não pagam ingresso mas não contam com guia. Placas colocadas pelo percurso explicam tudo o que se vê. As placas ensinam também o que fazem as abelhas e para que serve o mel. O passeio começa por dois salões rústicos, com piso feito com pedaços de troncos de madeira, onde funcionam o Salão de Exposições e o recém-inaugurado Museu das Abelhas. Ali, é possível conhecer o desenvolvimento das abelhas, desde o óvulo até o nascimento, o trabalho das abelhas-operárias e como o mel é produzido por elas. O Museu do Mel mostra como e quando surgiram a abelha e o mel, através de ilustrações rupestres, livros antigos e citações bíblicas. A seguir, vem a maior atração da cidade: a abelha gigante. Feita de acrílico e metal, ela pode ser visitada internamente por crianças e adultos. Nas paredes internas, pode-se conhecer o funcionamento do organismo da abelha-rainha (à direita) e das abelhas-operárias e zangões (à esquerda). Na saída, as crianças não dispensam uma parada no playground rústico construído bem ao lado da abelha gigante. O passeio continua com a visita à Casa do Apicultor, ao Observatório Apícola e à Casa dos Produtos Apícolas. No observatório, montado dentro de um chalé de estilo suíço, a grande atração é uma colméia com parede de vidro. Nela, é possível observar detidamente o trabalho das abelhas sem nenhum perigo. Pode-se ver também uma abelha-rainha, viva, cercada por suas operárias. Nos outros dois chalés estão expostos equipamentos e roupas especiais utilizados para o trabalho com as abelhas e aprende-se como são feitos os produtos derivados do mel. A seguir, vem um viveiro de plantas melíferas (que fornecem matéria-prima para a produção do mel) e o parque ecológico São Francisco, um bosque de 15 mil metros quadrados. No parque, no meio de muito verde, com um pouco de sorte é possível ver esquilos correndo pelo mato e subindo nos troncos de árvores. Alguns amendoins são suficientes para se conseguir uma foto com eles. Depois, o passeio leva ao apiário modelo, especialmente construído para abrigar e aumentar a produtividade das abelhas híbridas brasileiras, criadas a partir do cruzamento das africanas com as européias. O passeio termina na Casa do Mel, onde são encontrados produtos puros derivados do mel, própolis e geléia real, alguns para degustação e outros para venda. Os bolos, bolachas e pães são feitos ali mesmo pelos caseiros da Cidade das Abelhas. Ali funciona também uma pequena lanchonete. Nela, só é possível encontrar sucos naturais em caixinhas e cachorros-quentes feitos com salsichas de carne de peru. O passeio pode ser "esticado" com um almoço e uma visita ao Embu das Artes onde, nos finais de semana acontece uma grande feira de artesanato. Cidade das Abelhas - estrada da Ressaca, km 7, Embu (veja mapa nesta página). Telefones: 842-4817 e 493-6460. Texto Anterior: Leitora faz queixa à Previdência Próximo Texto: Passeio inclui caminhadas Índice |
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