São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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Presidente enfrenta problemas éticos e morais

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O caso Paula Jones, envolvendo molestamento sexual, é apenas o mais recente problema que o presidente Bill Clinton enfrenta no terreno da moral e da ética.
Desde que seu nome apareceu como favorito para a obtenção da legenda do Partido Democrata na eleição presidencial de 1992, várias vezes ele se viu na situação de ter que se defender de acusações desse tipo.
A cantora Genniffer Flowers chamou jornalistas antes da eleição primária de New Hampshire de 1992 para dizer que havia sido amante de Clinton. Ela não demonstrou ser dona de grande credibilidade.
Clinton e sua mulher, Hillary, foram a um programa de entrevistas na televisão falar sobre seu casamento.
Eles disseram ter tido problemas, todos superados. Ganharam a confiança do público. O caso Flowers caiu no esquecimento.
Denúncias de que Clinton usou de artifícios para escapar do serviço militar na época da Guerra do Vietnã e depois mentiu sobre o assunto duraram mais tempo.
Mas sua atitude foi considerada humana pela maioria dos norte-americanos que, afinal, odeia tudo o que ocorreu no Vietnã.
As mentiras que Clinton contou sobre suas experiências com maconha também foram perdoadas.
Depois de ter dito que nunca havia fumado, acabou admitindo que sim, algumas vezes, "mas sem nunca tragar".
Problemas com o imposto de renda apontados durante a campanha (deduções indevidas, exageros nos valores de doações de roupas) foram considerados pouco importantes pela maioria dos eleitores norte-americanos.
Mais graves são as acusações do caso Whitewater: vão desde fraude fiscal até desvio ilegal de depósitos de bancos de poupança para suas campanhas eleitorais no Estado de Arkansas.
Elas estão sendo investigadas por um promotor especial.
(CELS)

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