São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994
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Berger é um dos poucos a assistir cremação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Apenas cerca de 250 pessoas compareceram à cremação do piloto austríaco Roland Ratzenberger, ontem, na Áustria.
Ratzenberger foi cremado no cemitério de sua cidade natal, Salzburgo.
O piloto da equipe Simtek morreu no último sábado, um dia antes de Senna, em um acidente durante o último treino oficial para o GP de San Marino, em Imola.
Compareceram à cerimônia o britânico Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), os pilotos austríacos Gerhard Berger, da Ferrari, e Karl Wendlinger, da Sauber-Mercedes, e o também austríaco Niki Lauda, campeão mundial em 75 e 77 e diretor da Ferrari.
Berger, visivelmente cansado –assistira na véspera ao enterro de Senna, em São Paulo–, afirmou que, "em princípio", não deixará as pistas, apesar de estar abalado pelas duas mortes.
Ele disse que descansará alguns dias em Capri (Itália), antes do GP de Mônaco, em 15 de maio, próxima etapa do Mundial de F-1.
"Roland tinha um sonho e, para realizá-lo, não hesitou em deixar de lado os riscos que sabia correr", disse Niki Lauda.
O próprio Lauda sofreu um grave acidente durante o GP da Alemanha de 1976, em Nurburgring. Ficou tão seriamente queimado que chegou a receber a extrema-unção, mas se recuperou e voltou às pistas 42 dias depois.
Ratzenberger tinha 31 anos e era engenheiro mecânico. Tinha estreado na Fórmula 1 este ano. Disputou apenas um Grande Prêmio, no autódromo de Aida, no Japão, este ano.
A equipe Simtek decidiu na última quarta-feira, em homenagem ao piloto, correr com apenas um carro no Grande Prêmio de Mônaco.

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