São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994
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Mãe do atacante vive sob calmantes

DA SUCURSAL DO RIO

Mãe de Romário vive sob calmantes
Manuelita Faria, a Lita, mãe do atacante Romário, vive sob efeitos de calmantes, desde o sequestro do marido, Edevair de Souza Faria, na noite de segunda-feira passada.
Ela ontem pediu que libertassem Edevair, pois ele tem problemas de hipertensão devido à idade já avançada.
Lita recebeu ontem a visita de um tio, Cipriano Nogueira, 72, que se perdeu nas ruas de Jacarepaguá, mas acabou encontrando a residência da família.
Nogueira disse que veio prestar solidariedade à família, abalada com o sequestro.
A mãe de Romário é religiosa, tem um apego especial pelo jogador, o mais bem-sucedido dos três filhos.
Lita, na época em que o filho vinha sendo preterido na seleção, não se conformava com os rótulos de desagregador e briguento atribuídos ao filho.
Dizia, sempre, que tinha "fé em Deus" que o filho voltaria à seleção, como aconteceu.
Para pagar a promessa que fez pela convocação do filho, Lita, 57, subiu dia 20 de setembro do ano passado os 365 degraus da escadaria da Igreja da Penha com uma vela de 70 cm nas mãos.
Foi acompanhada por dezenas de fiéis e torcedores, que gritavam o nome de Romário.
No dia anterior, o jogador fizera os dois gols contra o Uruguai, no Maracanã, que classificaram o Brasil para a Copa do Mundo.
Ela rezou em frente ao altar da Penha por três minutos porque só "coisas boas" aconteciam ao filho.
Na época dizia que se preparava para fazer promessa para que o filho tivesse sucesso em sua primeira Copa do Mundo.

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