São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994 |
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Rappers se dividem entre românticos e engajados
MARCEL PLASSE
Os créditos das fotos dos "rappers" Thaide e Pepeu estão errados. O nome do fotógrafo é Kiko Coelho. Rappers se dividem entre românticos e engajados O crescimento do rap aconteceu "na manha", conta Thaide, o primeiro rapper a gravar um LP solo, em 89. "O prédio do rap levou dez anos para chegar a essa altura. Mas a espera foi válida, porque para derrubar agora vai ser difícil." Tudo começou com o movimento de dança break, no ponto de encontro do metrô São Bento, no centro de São Paulo, onde se levava o "rap da lata" (ritmo marcado em latas) para o pessoal dançar. Em 84, o grupo de break Villa Box gravou o primeiro rap, de autoria de Pepeu. Dois anos depois, Pepeu entrou numa coletânea da CBS (hoje Sony), que tinha ainda Léo Jaime e João Bosco. A cisão entre rua e baile aconteceu em 88, quando saíram, simultamente, os primeros LPs de rap. "Hip Hop - Cultura de Rua" demarcou a área dos chamados "radicais", entre eles Thaide, com letras voltadas ao cotidiano miserável da periferia. No outro corner, "O Som das Ruas", com apoio da equipe de bailes Chic Show, trazia o rap satírico e romântico de Sampa Crew e N de Naldinho, acusados de vazios, por não trazerem mensagem social. A briga segue. A viabilidade comercial veio em 92, com o disco "Holocausto Urbano", do Racionais MC's, que já soma 60 mil cópias vendidas. Hoje à noite, o Primeiro Encontro Nacional de Rappers, promovido pela Metropolitana FM, reúne cerca de 20 grupos de rap no ginásio do Palmeiras. (MP) Texto Anterior: Gravadoras correm atrás do rap Próximo Texto: Blue Jeans; Overloque; Umbigo; Pororoca; Jambo e Ruivão; Chocolate; Almanaque Índice |
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