São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994 |
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`Street dance' chega a SP pelas academias
FERNANDA SCALZO
Na Competition, a aula de Paulo Henrique é uma das mais concorridas. Na última semana, já estava mudando para a sala maior da academia. "A street dance é nossa vitrine, todo mundo pára para olhar a aula", diz Paulinho, 29, como é conhecido o professor. Na academia Physis, o professor Marcus Vinícius prefere chamar sua aula de aeróbica funk. Segundo Marcus Vinícius, 26, essa aula requer mais coordenação e trabalha muito a parte cardiovascular. Cada vez mais aumenta também o número de alunos interessados nesse tipo de aula na Physis. "A gente até ficou assustado, porque esta é uma academia mais de condicionamento", diz Vinícius. No Brasil, a "street dance" vingou como uma nova modalidade da aeróbica. "Não damos cursos para bailarinos. A idéia é aproveitar os passos e a música no curso que ainda é de condicionamento físico", diz Paulinho. Ele vai pelo menos uma vez por ano aos Estados Unidos para atualizar sua "street dance". Assiste vídeos, aprende coreografias e traz músicas novas. Há quatro anos ele começou a dar aulas de "street", que para ele é o "samba dos EUA". Vídeo Paulinho está lançando o vídeo "Street dance", de 35 minutos, em que ensina quatro coreografias para quem quiser treinar em casa. Para aprender, segundo Paulinho, é importante "gostar da música, criar seu próprio molejo e não se importar de errar". "Depois de umas seis aulas, o aluno já começa a se sentir bem", diz o professor. Um de seus alunos, o administrador de empresas João Carlos Paim, 31, segue as aulas há quatro meses. Paim diz que gosta da "street dance" porque a concentração para acompanhar os passos tem que ser tanta, que ele esquece todas suas outras preocupações. "É difícil, faço aeróbica há seis anos, mas aqui a coordenação tem que ser muito maior", diz. Paula Spuch, 20, é uma das melhores da turma, mas já está na "street dance" há dois anos. Segundo Paula, para pegar os passos é preciso dedicação. Para ela, esta é a melhor aula da academia, principalmente "por causa do pique". Rosita Belinky, 22, diz que se está de baixo astral, sai da aula feliz. "Tenho a sensação de estar jogando fora todas as energias ruins", diz Rosita, que trabalha como guia de escaladas e de ecoturismo. Ela diz que considera um desafio conseguir fazer todas as coreografias. Rosita faz aulas de street há três anos. Os alunos são unânimes: ninguém nunca viu essa dança de rua na rua. ONDE APRENDER - Competition - rua Albuquerque Lins, 1.080, tel. 825-1733, Higienópolis, zona central. Physis - av. Dr. Cardoso de Melo, 1.336, Vila Olímpia, tel. 829-7522, zona sul. Academia Gisele Bellot - rua Wanderley, 939, Perdizes, tel. 62-3168, zona oeste. Runner - av. Juscelino Kubitscheck, 1.819, tel. 820-8383, Itaim, zona sul; av. Bem-te-Vi, 86, tel. 530-4464, zona sul, e mais três endereços. Texto Anterior: Manual ensina como ser uma mãe judia Próximo Texto: Justiça busca alternativa para reduzir crime juvenil Índice |
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