São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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`Animais não são peteca', diz ambientalista

DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de importar e vender iguanas como bichos de estimação não agrada a ambientalistas e protetores de animais.
"Esses animais não são peteca ou enfeite", critica Ana Maria Pinheiro, diretora da União de Defesa da Natureza.
"As pessoas compram bichos por modismo e depois os abandonam. Daqui a pouco vamos começar a descobrir iguanas na praça da República", diz Ana Maria.
A comercialização de animais no Brasil é limitada, explica o biólogo Carlos Yamashita, do Ibama.
Nenhum animal da fauna silvestre (genuíno do país) pode ser vendido.
Toda a fauna doméstica (os bichos que tiveram melhoramento, através da ação humana, como cães, gatos, galinhas, cavalos, patos etc.) pode ser comercializada.
Por fim, existe a chamada fauna exótica. São os animais que vêm de fora do país. Aí, a comercialização, ou não, depende de convenções internacionais. A venda de ursos panda, da China, por exemplo, é proibida em todo o mundo.
As iguanas, comercializadas livremente nos EUA, em inúmeros países da América do Sul e da Europa, não estão classificadas como animais ameaçados de extinção.
Com base nas petições recebidas, o Ibama vai montar uma comissão para estudar os pedidos. Não há prazo para resposta.

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