São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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Presidente do Iêmen rejeita esforço de paz e exige rendição de rebeldes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, exigiu ontem a rendição imediata de líderes sulistas rebeldes e rejeitou negociações e mediação externa para acabar com a guerra civil que ameaça desmembrar o país.
O atual país, formado pela unificação em 1990 dos antigos Iêmen do Norte e Iêmen do Sul (comunista), está a quatro dias em guerra civil.
Batalhas em terra e no ar marcaram o dia. Centenas de estrangeiros que estão sendo retirados do país ficaram sob fogo.
O presidente conclamou o Partido Socialista do Iêmen, de seu rival Ali Salem al-Baidh, para "preservar o que sobrou das Forças Armadas", disse uma rádio local.
A Liga Árabe iniciou reunião ontem para tentar uma solução para o conflito, mas o presidente iemenita rejeitou o esforço.
Abdullah Saleh disse que o povo iemenita está preparado para fazer mais sacrifícios pela unidade do país e reiterou que o conflito é problema dos iemenitas.
"O que está acontecendo no Iêmen é um problema interno", disse. "A separação é impossível. Nós não vamos nos mover uma polegada da unidade."
O secretário-assistente de Estado dos EUA para assuntos do Oriente Médio, Robert Pelletreau –que tentou em vão conduzir negociações entre os antigos Iêmen do Norte e do Sul–, disse que nenhum das duas partes tem condições de vencer militarmente o conflito. Segundo ele, o futuro "não parece bom" para a região.
Pelletreau disse que o norte parece levar vantagem nos combates, mas que os sulistas estão determinados a continuar batalhando.

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