São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994
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Polícia investiga mortes ligadas ao jogo

DA REPORTAGEM LOCAL

A DH (Divisão de Homicídios de São Paulo) está fazendo um levantamento de todos os assassinatos que envolveriam pessoas ligadas ao jogo do bicho. Os dados estão sendo passados à Corregedoria da Polícia Civil.
Ao todo, o grupo de combate ao jogo do bicho já recebeu informações de oito inquéritos de assassinatos da DH.
Entre eles, estão o que liga o bicheiro Fl vio dos Santos, o "Flavinho", com um grupo de extermínio que age no Parque Arariba (zona sul).
Nesse caso, a polícia tem fotos e fitas de vídeo que mostram o entra e sai da fortaleza (central de apuração de apostas) de Flavinho. As imagens mostram matadores fazendo a segurança do bicheiro.
As informações desses inquéritos serão cruzadas com as de outros inquéritos sobre o jogo do bicho paulista.
O objetivo é conseguir provas para acusar os bicheiros de formação de bando ou quadrilha (crime que prevê uma pena mínima de um e máxima de seis anos de prisão).
A Corregedoria devera ouvir hoje o depoimento do delegado aposentado e assessor do governo estadual Conrado José de Pilla.
Adiado por duas vezes na semana passada, o depoimento está marcado para às 16h.
O nome "Dr. Pila" foi achado pela corregedoria na agenda do bicheiro Francisco Plumari Junior, o "Chico da Ronda", ao lado do número de dois telefones da assessoria especial do governador Luiz Antônio Fleury Filho.
A corregedoria está investigando o patrimônio e as contas bancárias de Pilla. Isso também está sendo feito com 19 bicheiros.
Na quarta-feira, ser a vez do bicheiro Carlos Alfredo Parisi depor. Considerado pela PM o terceiro maior bicheiro do Estado, Parisi dominaria 20% do jogo paulista.

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